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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Terra treme na fronteira do Acre perto de Cruzeiro do Sul.

Um terremoto com magnitude de 5,8 graus na escala Richter, que ocorreu no Peru foi registrado pelo Serviço Sismológico Americano (USGS - na sigla em inglês), a 153.40 km de profundidade, distante da fronteira brasileira já a 230 quilômetros de Cruzeiro do Sul (AC), e 400 km de Tarauacá, no extremo-oeste brasileiro.


O epicentro do tremor, ocorrido às 18h52 local, (20h52 em Brasília) desta segunda-feira (25), aconteceu na região das cidades de Pucallpa e Campoverde já próximo do Rio Ucayalli, no Peru. É uma região onde a área do solo é de densa floresta, se mais próximo da superfície teria causado destruição. E não foi sentido pela população do Acre.

Pela escala Richter, o tremor ocorrido na região é considerado moderado. E pode causar danos maiores em edifícios mal concebidos em zonas restritas. Pode ainda provocar danos ligeiros nos edifícios bem construídos. Esses terremotos são comuns no Acre. Em Porto Príncipe, no Haiti, o tremor foi registrado a 10 km de profundidade.

Tremores de terra no Acre - No dia 22 de gosto de 2008, a terra tremeu na mesma região peruana. Um terremoto de 6.3 na Escala Richter foi sentido em Rio Branco, a capital do Acre, às 16 horas - 17 horas em Brasília. O epicentro aconteceu a 95 quilômetros de Pucallpa, a capital do departamento de Ucayally, no Peru, a 152 km de profundidade. Nas cidades de Cruzeiro do Sul, e Marechal Thaumarturgo os moradores sentiram os abalos. Prédios na capital acreana ficaram sem energia elétrica. Quem estavam em lojas e escritórios fugiram pelo elevador à tempo. Servidores públicos também abandonaram em pânico seus postos de trabalho. Ninguém ficou ferido.

Outro tremor foi registrado em abril de 2009, com 4.5 graus de magnitude, o epicentro foi a 81 quilômetros de Santa Rosa do Purus, na fronteira Brasil-Peru, entre os rios Envira e Purus.

Na semana passada, o pesquisador e geógrafo, Claudemir Mesquita, em reportagem do jornal A Tribuna alertava para o risco de a Amazônia e o Acre, ser alvo de um terremoto com magnitude maiores, ou, semelhante ao que ocorreu no Haiti. Segundo o pesquisador, o motivo para que o evento natural possa se repetir no Acre, é que a mesma placa mexicana de Nazca que passa pelo país destruído (Haiti) também atinge o Brasil, passando por baixo da placa Sul-Americana. As duas estão em constante movimentação que causa atrito, liberando energia ou tremores que foram sentidos e noticiados no Acre entre 2002 e 2008.

Claudemir Mesquita explica que a intensidade de um terremoto em nossa região pode ser maior ou menor que o haitiano. "Não sentimos tanto os tremores, porque possuímos centros urbanos que estão espalhados, e a maior parte dos tremores ocorreram em zonas que não eram habitadas", explicou o especialista.

Mesquita lembra que a região entre Brasiléia e Assis Brasil já foi atingida pelas movimentações de terra há cerca de cem anos, ocasionando as ladeiras, ou seja, os morros. "Antes, aquela região era uma planície, mas o choque das duas placas, que ficam uma sobre a outra, gerou todas as ladeiras e montanhas. Os Andes continuam a crescer por conta disso", afirmou o especialista.

De acordo com o especialista, nossas construções atuais não estão preparadas para o impacto de um sismo, o que faria de vítima todos os acrianos. "Acontece que nem todos possuem dinheiro para investir em prevenção, então não é gasto dinheiro em uma base estrutural boa para a absorção do impacto, com isso acabamos construindo casas que não conseguiriam agüentar tremores", disse o geógrafo ao repórter de A Tribuna.

Prevenção - No Twitter - microblog - o jornalista Altino Machado, escreveu trechos de uma entrevista que fez com um pesquisador da Universidade Federal do Acre (Ufac), horas depois do registro do tremor desta segunda. "Sugiro que a Defesa Civil e órgãos como o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), por exemplo, analisem os riscos. O que importa é a freqüência de terremotos na região e a sua energia. Não tenho informações suficientes para avaliar o risco", disse o pesquisador Foster Brown, para Machado.



Conforme o paleontólogo e pesquisador Alceu Ranzi, os terremotos na fronteira brasileira com o Peru ocorrem na "ponta" da Placa de Nazca. Ranzi diz que já propôs ao diretor da Funtac (Fundação de Tecnologia do Acre), Cézar Dotto, a instalação de uma rede de sismógrafos no Acre, para estudar os fenômenos e emitir alerta em casos de incidentes maiores.

AC 24Horas